23 de maio de 2012

Aqui em São Paulo Bate Um Coração




         Em meio a uma cidade onde as pessoas não têm tempo para praticamente nada, a maioria, se não todos, pensa somente no trânsito, se vai chover e quanto tempo vai demorar para chegar a seus compromissos. A iniciativa de um grupo de amigos procurou trazer mais amor e reflexão para as pessoas. Durante a madrugada de 5 de março, Rodrigo Guima, Carla Meireles, Gabi Brites e Tati Weberman colocaram nas estátuas da Sé, Anhangabaú, República, Arouche, Ibirapuera e Trianon corações de isopor.

         O objetivo é trazer mais amor para as pessoas. Com o nome Aqui Bate Um Coração, a iniciativa é fazer as pessoas refletirem e pensarem no porquê dos corações. Muitos passaram por eles e nem os perceberam. Acacia Gouveia, técnica em biblioteconomia, afirma que é um projeto inovador e criativo e que São Paulo é uma cidade de correria, parar um tempo para pensar no amor é algo que mudaria muita coisa. “As pessoas seriam mais educadas e prestativas umas com as outras, realmente aconteceria uma mudança de coração”.

         A iniciativa deu tão certo que aconteceu em outras cidades como Santos (SP), Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), São João Del Rei (MG) e até no exterior, em Londres (Inglaterra). Após colocarem os corações o grupo tirou fotos das estátuas e monumentos com a intervenção e criaram uma página no Facebook. Mais de 4800 pessoas curtem a Fan Page. Várias pessoas mandaram mensagens querendo implantar o projeto em suas cidades. Por isso o grupo de amigos resolveu fazer um vídeo e postá-lo no Youtube, com o passo a passo desde como fazer os corações de isopor até colocá-los nas estátuas e admirar a reação das pessoas. O vídeo já teve mais 12.800 visualizações.

         As estátuas e monumentos que ganharam o coração trouxeram outra perspectiva para a cidade. Apesar de toda a correria das pessoas, ainda há aquelas que acreditam que em São Paulo Bate Um Coração. Ou seja, acreditam que exista amor e que esse amor pode se espalhar no cotidiano das pessoas, mesmo na metrópole que nunca para.